terça-feira, 27 de dezembro de 2011
2012
2012. o ano que volataremos a fazer contato.
é só ficar atento porque muitas coisas devem acontecer. de cara no dia 06/01/2012 as 21 h o Reverendo T & os discipulos descrentes fazem a sua primeira aparição. repertorio novo, novas parcerias e muitas ideias loucas na cabeça.
voce que foi parceiro neste ano que finda não pode deixar de acompanhar as novas aventuras deste nosso erratico heroi do underground baiano.
e não para por ai, no dia 10/01/2012 o Reverendo T estara na VandexTv. ao vivo e totalmente fora de controle.´
creia!
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Baladas de um Pecador Arrependido – Irena C. Martins
Reverendo T e os Discípulos Descrentes anunciam que seus Pequenos Milagres de um Santo Barroco de Barro são para os crentes e descrentes. E é verdade.
Só conheço o Reverendo T de palco. Explico: é que apesar de constar na minha certidão de nascimento que nasci em Salvador, não vivi aqui para ter acompanhado a figura do Reverendo Tony Lopes, que está na cena musical baiana desde a década de 80, tendo integrado as bandas Dúvida Externa, Guerra Fria e Moisés Ramsés & Os Hebreus e tocado com a TaraCode (esta eu efetivamente conheci e curti).
O Reverendo é pra lá de multifacetado: de árbitro de futebol a museólogo e dono das lendárias lojas de cds Na Mosca e São Rock, que – infelizmente – não conheci. E com toda essa presença, inevitáveis as participações muito especiais de músicos e cantores executando as faixas que, primeiramente, são “incorporadas” pelo Reverendo T, para ganharem outros “cavalos”, como diria o léxico dos terreiros.
Dizem que a ideia do CD é o que um vestido preto é para uma mulher: seduzir pela simplicidade. Humilde e penitente tenho de discordar. O ideal de simplicidade se converteu – e não é de hoje – em algo barroco, rebuscado, quase para poucos. Ao passo em que o rococó se converteu no novo básico. Não deveria ser, mas essa é uma resenha, certo? Só posso contar com a minha opinião quando tenho os dedos num teclado que os dedos não reconhecem.
Disse que o conheço de palco apenas, não? Pois é, não sabia quem ele era, o que já tinha feito e que ele tinha sido o dono da Na Mosca e São Rock. Absolutamente ignorante em matéria de Reverendo T. E gostei muito do que vi no palco da Livraria Cultura (Deus dê vida longa às livrarias de Salvador), numa apresentação que foi seguida pelos meus punks favoritos da PDM (Pastel de Miolos).
Reverendo tem presença, tem humor, tem até uma certa doçura em desconcerto (percepções, percepções) e seu pocket show trouxe umas músicas muito bem colocadas por ele e a banda que, pelo que entendi, tinha pouco, quase nada, de tempo com ele. Esse pouco contato nada prejudicou a qualidade do show, que teve uma vibração rock ‘n roll bacana de ver num sábado à tarde, dentro de um shopping.
Ao ouvir o CD, tive a sensação de estar conhecendo o lado B daquela figura vestida com um paletó, chapéu e óculos pretos e, na verdade, dá a sensação de que, de perto e de longe, todos nós somos isso mesmo: um bom e velho vinil com lado A e lado B.
As músicas podem até ansiar a simplicidade, tanto nas letras quanto nas melodias e arranjos, mas o ser humano está se tornando cada dia mais esquisito e daí a coisa ter perdido a simplicidade.
Como um bom Reverendo, T. vai nos invocar a culpa (ah! Essa danada que faz tanto por tantos e oprime outros tantos). A gente pode até suportar essa dor, mas quem quer carregar a culpa? E aí, a gente nega a danada, se recusa a admitir a culpa. E o Reverendo T. diz que seu coração é a cara de Cristo. E quem pode com essa figura que tanto nos lembra do que somos (humano que era) e do quanto não somos capazes de ser (super-humanos?). Quem Te traiu, hoje medra.Lembro aqui que o CD é para crentes e descrentes...
Curiosamente, A Culpa (primeira faixa) vem seguida da Rotina entre 2 atos recheada de ternura do pecado, cantando com o enfado do cotidiano a rotina dos adúlteros e jurando amor eterno aos traídos.E segue com as quedas apaixonadas por malucas; namoros com suicídio (quando a outra opção é simplesmente te telefonar). Quem disse que simples é fácil?Quem pode explode & explode & explode & implode, certo?
E no meio de toda essa confusão passamos a almejar pela simplicidade dos animais e o lamento de os homens não agirem como os ahnimais (é ahnimais mesmo!), que pensam, passam, amam, voam e sonham. Porque muitos de nós têm perdido mesmo essa capacidade de viver o fluxo das coisas que parece tão simples ao nosso colegas de outras espécies e essa simples vontade parece nos conectar e, mais do que isso, partir para um outro reino, para ter a calma da pedra que sabe não poder ter pressa, como enuncia a sua Cristo de Pedra. Corremos tanto pra que, afinal de contas?
E é assim, sem correria, que você deve ver para crer nos PequenosMilagres de um Santo Barroco de Barro. É bem verdade que o CD pode, a despeito de sua beleza, soar um tanto quanto mais sombrio do que ele efetivamente é. Da mesma maneira que o divertido show do Reverendo T. e os Discípulos Descrentes não nos deixe contemplar a obscuridade de nossas fraquezas, tão presentes no show, quanto no CD.
Mas, creia, tenho a impressão que o nosso São Rock em questão, num púlpito ou numa mesa de bar, é capaz de nos “bater” com aquela honestidade e clareza cristalina acachapantes, que dizem ser típica das crianças, mas que, na verdade, só querem colocar as coisas como elas são. Ele não dará (nem tirará) um centavo de uma situação: se algo foi ruim, terá sido ruim, não horrível ou trágico. Se foi bom, terá sido bom e não um evento detonador de uma alegria eufórica e apoteótica. Seria simples, mas nosso devir catártico não entende.
As participações especiais, principalmente a do Dois em Um, Ronei Jorge, Moisés Santana e Miguel Cordeiro, abençoam o CD, afinal, o Reverendo é um porta-voz de seus escritos sagrados, e não um Padre Antonio Vieira, um virtuose das escrituras, mas como já disse nessa Verbo 21, não sou música, não sou crítica, tampouco jornalista, que mesmo não sendo nada disso opina com salvo conduto a respeito de quase tudo, senão, tudo. Então, é ver para crer.
texto retirado da revista literaria www.verbo21.com.br (ONDE VOCE PODERÁ BAIXAR O CD)
terça-feira, 26 de abril de 2011
terça-feira, 22 de março de 2011
Pocket show
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Na lua cheia de março.
As bandas Pastel De Miolos e Reverendo T & os Discípulos Descrentes estarão juntas lançando seus cds na livraria cultura em um pocket show com direito a autógrafos e regado por um singelo coquetel.
Pastel De Miolos | DA ESCRAVIDÃO AO SALÁRIO MÍNIMO
Podem chamar de PDM. Assim mesmo, seco, curtíssimo e caceteiro. É como a banda toca, literalmente. Um power trio (guitarra, baixo e bateria, respectivamente Allisson Lima, Alex Costa e Wilson Santana), são mais de quinze anos tocando juntos e durante todo esse tempo conseguiram manter a coerência no som, nas atitudes que interessam e na forma de fazer música, sem firulas ou modismos. E para celebrar uma década e meia de vida, em 2010 foi lançado o CD “Da escravidão Ao Salário Mínimo”, com produção “esmerada” e “sujada” por Jera Cravo. “Da escravidão...” é um disco conceitual, que fecha um ciclo, a trilogia iniciada em 2007, com o lançamento do EP “Ruas”, e em 2009, com o álbum “Ciranda”, lançado exclusivamente no formato virtual, atingindo mais de 4mil downloads e eleito o 4º melhor disco baiano de 2009. De volta á terra natal, após uma bem sucedida turnê, nesse “pocket show”, apresentaremos várias músicas desse novo CD, alguns convidados ilustres da cena rocker e também intervenções poéticas do “Grupo CORTE”.
Reverendo T & os Discípulos Descrentes
PEQUENOS MILAGRES DE UM SANTO BARROCO DE BARRO
Tony Lopes, O Reverendo T, tem uma longa história de ativismo na cena baiana. Nos anos 80, integrou diversas bandas. Alem de produzir eventos e ter trabalhado como radialista, arbitro de futebol e museologo.
Em 1991, lançou, em vinil, seu primeiro disco solo: “De Quem é a Culpa” como Tony & Os Sobreviventes.
Também foi responsável pela criação das lojas de cds alternativas: Na Mosca e São Rock.
Em paralelo, toca bateria nas bandas Koyotes e Macabea e escreve letras para o novo cd de Evandro Lisboa.
Composto basicamente por voz, baixo, piano e bateria, este lançamento veio dar gás à atual cena musical baiana. O disco tem um clima à lá Cohen e Lloyd Cole com pitadas de Arnaldo Batista, Roberto Carlos e da vanguarda paulistana.
O lado A, ou seja, as dez primeiras faixas, contam com o próprio Reverendo T interpretando suas canções. Já o lado B – as dez faixas seguintes – consiste nas mesmas composições, só que interpretadas por uma abençoada legião de vozes angelicais e da participação de músicos oriundas da cena independente da Bahia,
Outro destaque do cd é o seu projeto gráfico e ilustrações que ficou a cargo do genial Bruno Aziz, um encarte digno de nota.
Creia.
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